Nos dias de chuva a vida parece mais lenta. Queria mesmo saber chorar no ritmo da água.
Ah, mas se eu ao menos soubesse chorar, se eu soubesse me tornar um com o resto das gotas me desmanchando em lágrimas, e depois me projetando para todas as direções fazendo parte de tudo e nada ao mesmo tempo. Mas fico a observar as gotas, triste; quase estático. Sou tão limitado... Odeio não me sentir a vontade.
Eu caminho, observo várias direções sentindo o vento. De repente me dá vontade de gritar na porta da tua casa só para perguntar se não gostarias de me acompanhar pela chuva adentro. Meu argumento: ”Deus está na chuva, venha visitá-lo comigo e diremos àqueles que esqueceram Deus que ele está na chuva batendo à porta”.
Mas sei que não virias e, por algum motivo, isso não faz de mim nem mais feliz e nem mais triste. Sou um homenzinho que perde gradualmente sua sensibilidade bem como sua sanidade; O que tenho só me tem dado uma poesia amarga e saturada que desonra o mais chorão dos poetas.
Mas sei que não virias e, por algum motivo, isso não faz de mim nem mais feliz e nem mais triste. Sou um homenzinho que perde gradualmente sua sensibilidade bem como sua sanidade; O que tenho só me tem dado uma poesia amarga e saturada que desonra o mais chorão dos poetas.
Queria era escrever uma carta, uma grande compilação de tudo o que os dias sem chuva omitem de mim e de tudo o que Deus me sopra ao ouvido quando estou correndo sem direção entre gotas d’água, mas sempre esqueço tudo, e é como vislumbrar o paraíso sem poder contar nada. Tenho acordado tão dormente que o frio não me incomoda, nada me machuca e no fim, é isso o que dói.
Mas agora nada importa tanto, e nada importará enquanto eu puder ignorar tudo ( que vida é essa em que vivo correndo atrás de espelhos e assistindo eles se quebrarem ao meu toque? ).
Na verdade eu quis chorar lendo uma amiga, simplesmente não pude chorar por tudo de mim que ela escreveu sem saber - porque era eu também que estava no papel.
Ela não sabe o quanto se pode amar alguém pelas palavras. Eu a amei, por toda extensão do seu escrito, e a desejei como parte minha de qualquer maneira que fosse, e pensei em um milhão de motivos pelos quais podia querer ela entre os meus braços por algum tempo antes de dizer-lhe adeus, e tudo isso não durou cinco minutos; depois disso lá estava eu: Vazio, triste, um homenzinho chateado esperando pelas próximas gotas de chuva e apoiado na esperança de que não estava sozinho em definitivo.
Na verdade eu quis chorar lendo uma amiga, simplesmente não pude chorar por tudo de mim que ela escreveu sem saber - porque era eu também que estava no papel.
Ela não sabe o quanto se pode amar alguém pelas palavras. Eu a amei, por toda extensão do seu escrito, e a desejei como parte minha de qualquer maneira que fosse, e pensei em um milhão de motivos pelos quais podia querer ela entre os meus braços por algum tempo antes de dizer-lhe adeus, e tudo isso não durou cinco minutos; depois disso lá estava eu: Vazio, triste, um homenzinho chateado esperando pelas próximas gotas de chuva e apoiado na esperança de que não estava sozinho em definitivo.
Começou a chover novamente, e eu corro para o meio da chuva, porque Deus está na chuva, e eu vou correr na chuva para chorar por Deus, pelos meus grandes amores e por mim nem que seja uma lágrima só.
Amei...!!
ResponderExcluirBem,sei que tardo no meu comentário,mas sou grato por ter-lhe agradado.
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