quarta-feira, 18 de junho de 2014

Osso Ruído

Com o tempo a gente se exempla,
Conhece novas faces da verdade;
E vê que quem gaba sua própria “reza”
Nem mesmo conhece da missa a metade.

E a gente, mesmo doído, meio acabado,
Fica feliz, não de ter sofrido,
Mas de saber sofrer calado,
Sem constranger nenhum ouvido.

E segue a fazer sofrer versado,velado, polido...
Com tamanha dose de cuidado
Que, assim como o osso ruído,
Atende só a quem se interessa,

Transformando o bocado sofrido
Em solidária alegria sem pressa.