segunda-feira, 30 de maio de 2011

Soneto Brasileiro


A minha valentia está um tanto gasta.
-É que é tanta coisa me deixando triste. –
Sou um camundongo rugindo para a vassoura,
Eu morro à míngua no Brasil que subsiste.

Porque o Brasil devia ser república justa,
Cheia de bons homens e bons sonhos.
Mas é só mais um país de burocratas,
Onde os vizinhos não são mais do que estranhos.

-O que fazer com a minha falação ingrata?-
Diga-me, pois, se estou calado o que eu ganho?
Vou sim, mostrar-me nessa dor que não me passa,

E maldizer a minha pátria feia e triste;
Escutem bem homens da pátria tão madrasta:
EU MORRO À MINGUA NO BRASIL QUE SUBSISTE!

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