Sim senhor, somos o sonho do carpinteiro;
Embebemos nossos desejos em sangue...
-Por favor, senhores: sangue inocente!-
Somos sim senhor, o vosso pesadelo.
A fome que assola a vossa gente.
O verão de sol a pino no inferno,
A maldade perniciosa e reticente...
A crueldade tão cristã em fogo eterno.
E por mais que vos pareça displicente,
É só a verdade que vos oferecemos,
No lugar das velhas mentiras de terno.
Nada mais que a verdade simplesmente.
Pois melhor é explicitar-se na vileza
Do que fingir-se em algo bom eternamente.
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