Não quero ser um poeta
De caligrafia perfeita
Que fala entre versos cultos
Das muitas bocas que beija.
Eu quero ser o poeta
Que tendo apenas a boca
E evanescente brilho nos olhos
Alegremente verseja.
E daí que te sumas nos ares
Onde o meu amor adeja?
Aceito o que me ofertares, pois veja:
Não quero as coisas do meu jeito;
Não tenho nada de nada perfeito;
Se assim tem que ser, que seja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário