terça-feira, 1 de novembro de 2011

Amadeo e os versos de ajuste


Alguém precisa fazer um poema de amor
[aos desajustados (como eu)
E mandá-lo, por carta, a cada um deles.
Um poema que fale diferente aos corações cansados;
Um poema cheio de bravura que,
Como tudo o que é divino,
Seja escrito certo por linhas tortas
E posto depois, por mãos cuidadosas,
Nas soleiras das casinhas sem porta,
Onde toda boa alma deve adentrar.
Alguém precisa fazer...

Mas esse alguém, onde está?

Esse alguém espera sentado,
Com as mãos sobre as pernas,
Num velho banco de praça,
Esperando receber um poema
-Qualquer poema- da gente.
Quando isso acontecer talvez ele se anime
E volte a nos escrever novamente.

2 comentários:

  1. Em um banco de praça
    onde apenas o vento passa,
    não é a ilusão de um verso
    é a retratação de um poema,
    que assim disperso
    encontra uma tinta sem pena.

    Começa a escrever suas primeiras palavras
    em textos já pensados,
    mas como você mesmo me disse
    eles eram dispensados,
    por pensadores pensados
    que não se pensam e apenas dizem
    coisas que não se condizem,
    em retratos "irretratados".

    ____________________________________
    OBS: esse texto foi feito de madrugada, perdoe pelos erros de pontuação.

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  2. Meu bebê, eu não poderia ter recebido um comentário mais satisfatório...
    Obrigado por me ler e por escrever para mim.

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