terça-feira, 15 de novembro de 2011

Lorena

Lorena, vamos rir da chuva,
Rir de Deus e dos homens?
Usar frases que já não se usa...
Fazer qualquer loucura de fim de tarde.
Dar uma folga, dar um sorriso.
Vamos fingir por cinco minutos
Que somos anjos(caídos),
E fazer o que der na telha.

Vamos fingir que estamos fora de alcance;

Invisíveis e
indivisíveis;

Distantes e perdidos nas madrugadas
Da cidade sem fim.

Traga vinho, várias garrafas.
Umas pra você, outras
pra mim...

E quando o sol nascer,
Vamos procurar ver se a
luz da manhã reflete nossas almas,

Só para teimar em ver se elas realmente
parecem tanto quanto a gente percebe.
E vamos cantar canções de amor a tudo.
E vamos dançar de rosto colado
Outras notas da valsa do infinito,
E dizer, em meio a alegria de outra
tarde de embriaguês,
Que não poderíamos passar a vida
Sem a graça de encontrar um anjo torto
no espelho que se move exatamente
Como o meu ultimo sonho de bondade.
E vamos, de algum lugar,
Das alturas da inconsciência,

Rir dos homens...

Rir da vida...

E cheios da mais pura
alegria,

Rir um do outro.

2 comentários:

  1. Nossa, quanta perfeição em um só poema. É tão perfeito que fico sem argumentos, simplismente AMEI. *-*

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