terça-feira, 26 de julho de 2011

Ao relento (Ou a mágica do desconhecido segundo Rebeca)

Fazendo da nota fato,
Eu nado por entre os carentes
Jogado entre muitos relatos,
Tão cognatos às nossas gentes.
Escolho as palavras sem medo,
A simplicidade me anima.
Sou bobo? Claro, concedo!
-Eu ligo as ideias por rima...-
Descobriste já o meu segredo,
O que por fim me desatina?
É que já não me move o enredo:
Sou Pierrot sem Colombina.
Nada me prende, ninguém me tem;
Estou em cada província vista.
Feito de nada; Eu sou ninguém.
Sei que o meu nome não consta na lista.
Nadando sempre por entre os fatos,
Eu sigo torto por entre os carentes,
Cantando entre tantos relatos
Tão cognatos às nossas gentes.

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