Eu tentei traduzir tua essência
Mas notei, ela não se escrevia,
E então, em servil penitência
Resolvi te fazer poesia,
E esperar, com gentil paciência,
Ter razão de te amar de tal forma,
Que, na poética mais rebuscada,
Não caberiam meus versos à norma.
E eu nem ligo, vou te escrevendo,
Vendo se isto algo belo se torna,
Pois me convém que eu pague de
inculto,
Não me convém é amar-te à norma.
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