segunda-feira, 4 de março de 2019

Subjuntivo

Por mim eu me abraçava a você como um coala se abraça à arvore; 
Por mim eu te colocava nos braços e te levava a todos os meus lugares preferidos,
onde eu te mostraria como se fosse a coisa mais perfeita do mundo aos interessados ou não;
Por mim eu te orbitaria, como os astros menores fazem com os maiores, apenas pra ficar te olhando e pensando na sorte que seria poder estar sempre à tua volta;
Por mim todo mundo saberia que os dias vem e vão, acumulando-se entre semanas e meses 
e eu não deixo de pensar em você, na tua voz ou teu sorriso tímido de ar discreto, escondendo o teu semblante dolorido... 
E faço isso do meu jeito, quietinho, rindo baixinho pelos cantos, pensando que sou feliz de saber que você existe, que está bem e que tem amor;
Que, embora durma pouco, hora ou outra um sonho bom te encontrará, e eu gosto de fingir que fui eu quem mandei,
como os abraços que imagino emprestar ao seu cobertor ou os beijos que te mando pelo vento, em total segredo, esperando paciente que ele te entregue.
Por mim seria tudo como tu queres, Mas creio que, exatamente por eu querer tudo do teu jeito, as coisas não podem ser do meu- e eu aceito-.
Espero te encontrar, em outra vida, mais cedo.
Nessa eu quero apenas a tua felicidade e de resto, por mim, tudo bem.