sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Poema infantil-IV


“Mãe me compra um doce.”
“Pode ser bolo, uma balinha…”
(...)
“Não é hora? Pensei que fosse...”
(…)
É que quando os machucados doem,
Doem todos de uma vez.
-Não mãe, não só os que você fez.
Dos buracos que você abriu
A vida fez outra coisa
E tudo deformou tanto,
Que acabei aprendendo como se perdoa
Sem desculpar coisa alguma;
Uma vez, depois outra e mais uma…
-Não deve ser certo, não é?
Mas mãe, eu pensei que fosse,
Como o tapa que eu ganhei,
Daquela vez que pedi doce.