quinta-feira, 16 de junho de 2011

Constatação

Passei anos tentando ser de verdade,

Sério: Passei mesmo.

Um desperdício da minha boa vontade,

Simples, Dor a esmo.

Tracei esboços de felicidade;

Fiz de tudo minha pessoal cruzada.

Só não atentei a mais tola obviedade:

O caminho de tudo leva a nada.

Hoje sou! Isso não penso e não discuto.

Não envaideço o pouco que sobrou,

O ideal do meu sonho dissoluto.

Na realidade não pergunto nem respondo,

Sou só mais um que se afastou da luz sagrada.

E constatou olhando as coisas dessa vida,

Quanto o caminho de tudo Leva a nada.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Soneto para Valéria

Ouvira-se outra vez ou uma
A melodia, o cantarolar
Pobres corações desafortunados
Tinham-se por joias a palpitar

De Granada à Turquesa
Nenhum momento era surpresa
Seus brilhos eram adorados
Por um alaúde, por vozes cantados

Perdera meu violão em meios aos tic-tacs
E joia nenhum encontrara
Que brilhasse com a voz que me restava

Até que entre Ágata e Esmeralda
Encontrei a joia de minh'alma
Do Ônix encontrei minh'amada

terça-feira, 14 de junho de 2011

Poema Infantil-II

Acho que era domingo...

Os seus pais haviam ido ao bingo.

Caía lenta a chuva, pingo a pingo

E você, tinha um cão chamado Ringo.


Mas será que era mesmo domingo?

E os seus pais, haviam ido ao bingo?

Chovia mesmo lento pingo a pingo?

E você, tinha um cão chamado Ringo?


Não sei se era mesmo domingo...

Se os seus pais haviam ido ao bingo;

Se havia ou não, da chuva algum pingo

Ou se de fato o cão era Ringo...


Mas, lembro de um cão chamado Ringo...

De cair lenta, a chuva, pingo a pingo...

De seus pais haverem ido ao bingo...

E de ser o mais perfeito domingo.